Pessoas do meu coracao
Um lugar para aqueles que deixaram a sua marca – não no chão, mas no meu coração. Há pessoas que nos encontram silenciosamente – e ainda assim mudam tudo. Elas não ficam paradas; elas movem algo dentro de nós. Elas tocaram-me, acompanharam-me, desafiaram-me e compreenderam-me – muitas vezes, mesmo quando eu não conseguia mais me compreender completamente. Algumas vieram em momentos em que eu buscava apoio; outras simplesmente estavam lá, sem muitas palavras, mas com um olhar aberto ou um gesto silencioso que falava mais alto do que mil palavras de conselho. Outras ainda me ensinaram algo sem nem saber – sobre a vida, o amor, a coragem, o perdão ou o desapego. Essas pessoas têm um lugar permanente no meu círculo íntimo. Não porque eram perfeitas – mas porque eram reais. E, porque tocaram o meu coração de uma forma que nunca se apaga. Aqui falo sobre elas. Como um agradecimento. Como uma lembrança. E talvez também para encorajá-lo a perceber conscientemente as pessoas que você ama novamente – ou a se tornar uma delas você mesmo.

Marisa – a minha melhor amiga
Era verão em Portugal, o meu primeiro emprego num país estrangeiro, com pouco mais do que algumas palavras em português na bagagem – e um coração curioso e aberto. Trabalhava como educadora num programa de férias numa piscina ao ar livre – sol, risos de crianças, cheiro a cloro e a emoção de começar uma nova vida num novo país.
E então, de repente, ela apareceu.
Marisa.
À primeira vista, senti: há algo mais aqui.
Havia uma familiaridade entre nós, uma proximidade tácita, quase como amor – mas diferente. Mais profunda. Mais calorosa. Mais duradoura.
Foi o início de uma amizade única, como talvez só se viva uma vez na vida.
Sempre que possível, encontrávamo-nos. Às vezes para tomar um café, outras vezes para jantar. Mas, na verdade, nunca nos importámos com o «o quê», mas sim com o «como» – como conversávamos uma com a outra.
Honestamente. Abertamente. Profundamente.
Partilhávamos as nossas vidas, os nossos sonhos, as nossas preocupações, desgostos amorosos, alegrias e as grandes questões da existência.
Com a Marisa, eu podia ser sempre eu mesma. Sem máscaras. Sem fingimentos.
Ela via-me. E eu via-a – até à alma.
E o que encontrei lá foi uma pessoa cheia de amor, clareza e coragem.
Marisa não exige nada, mas dá tudo.
Ela é leal, altruísta, confiável – uma amiga como só se poderia desejar.
Ela não diz o que eu quero ouvir. Mas sim o que eu preciso ouvir para crescer. E é exatamente por isso que a amo.
Ela é a pessoa a quem posso ligar a meio da noite – quer seja para partilhar boas notícias, precisar de apoio ou simplesmente não saber o que fazer com os meus pensamentos.
Rimos juntas.
Choramos juntas.
Apoiamo-nos mutuamente nos altos e baixos da vida.
A Marisa foi minha madrinha de casamento – e continua a sê-lo até hoje, em sentido figurado. Também nos apoiamos em questões de relacionamento. Sem rivalidade. Sem ciúmes. Sem inveja.
Só um desejo importa entre nós:
Que a outra seja feliz. Verdadeiramente feliz.
Damos feedback honesto uma à outra, às vezes até o necessário e carinhoso pontapé no traseiro – e somos gratas por isso.
Porque sabemos: vem do coração.
Às vezes, as nossas almas estão tão próximas que não precisamos dizer nada. Então fica tudo em silêncio. E esse silêncio não é vazio – é cheio de força.
Não precisamos escrever constantemente, não precisamos fazer tudo juntas, não precisamos ter o mesmo círculo de amigos.
O que temos é o nosso pequeno e precioso mundo – uma amizade que nos sustenta. Sem expectativas. Mas com muito apreço.
Marisa, desejo-te de todo o coração toda a felicidade do mundo.
E espero que todas as pessoas que te encontrarem reconheçam o presente maravilhoso que és – tal como eu faço todos os dias.
Obrigada por existires na minha vida.
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